Data: 19/12/2012
Os jornais brasileiros debatem sobre a problemática do
racismo, mas negligenciam a relação entre esta violência simbólica e o
quadro de homicídios que vitima, principalmente, a população negra no
País. A avaliação consta da pesquisa Imprensa e racismo: uma análise
das tendências da cobertura jornalística, lançada recentemente pela
ANDI – Comunicação e Direitos, com apoio da Fundação Ford e da Fundação
W. K. Kellogg.
A análise incidiu sobre 54 periódicos impressos das cinco regiões do Brasil, durante o período de 2007 a 2010, e identificou algumas peculiaridades no tratamento editorial dispensado à cobertura sobre a temática. Dentre elas, "a clara desvinculação entre as violências físicas praticadas contra a população negra e o debate sobre seu contexto primordial de produção – ou seja, o racismo".
OUTRAS TENDÊNCIAS – A pesquisa, que evidencia também perspectivas positivas da cobertura, sublinha que, não obstante essa grave lacuna, "o noticiário sobre racismo é tecnicamente superior a muitas das coberturas analisadas ao longo dos anos pela ANDI". Diferentemente das narrativas sobre violências físicas, por exemplo, a maioria dos textos sobre racismo é contextualizada, reunindo elementos importantes à compreensão da problemática.
"Não significa dizer que o noticiário seja predominantemente favorável aos mecanismos de enfrentamento ao racismo" – alertam os pesquisadores. Destoando de outras coberturas temáticas avaliadas pela organização, esse tipo de texto é permeado por um volume significativo de conteúdos opinativos. E a maioria desses espaços, considerados "nobres", comporta posicionamento contrário ao sistema de cotas raciais, por exemplo.
Outra das conclusões do estudo refere-se ao desempenho quantitativo dos veículos analisados. De acordo com os pesquisadores, "contrariando a tendência geral da cobertura, e diferentemente do verificado nas séries histórias da ANDI, é um veículo regional/local que vem puxando o debate sobre racismo no País": o jornal A Tarde (BA), seguido por um meio de comunicação de alcance nacional (O Estado de S.Paulo).
A publicação está disponível no página da ANDI.
Fonte: ANDI - Comunicações e Direitos (Site da Seppir/PR)
A análise incidiu sobre 54 periódicos impressos das cinco regiões do Brasil, durante o período de 2007 a 2010, e identificou algumas peculiaridades no tratamento editorial dispensado à cobertura sobre a temática. Dentre elas, "a clara desvinculação entre as violências físicas praticadas contra a população negra e o debate sobre seu contexto primordial de produção – ou seja, o racismo".
OUTRAS TENDÊNCIAS – A pesquisa, que evidencia também perspectivas positivas da cobertura, sublinha que, não obstante essa grave lacuna, "o noticiário sobre racismo é tecnicamente superior a muitas das coberturas analisadas ao longo dos anos pela ANDI". Diferentemente das narrativas sobre violências físicas, por exemplo, a maioria dos textos sobre racismo é contextualizada, reunindo elementos importantes à compreensão da problemática.
"Não significa dizer que o noticiário seja predominantemente favorável aos mecanismos de enfrentamento ao racismo" – alertam os pesquisadores. Destoando de outras coberturas temáticas avaliadas pela organização, esse tipo de texto é permeado por um volume significativo de conteúdos opinativos. E a maioria desses espaços, considerados "nobres", comporta posicionamento contrário ao sistema de cotas raciais, por exemplo.
Outra das conclusões do estudo refere-se ao desempenho quantitativo dos veículos analisados. De acordo com os pesquisadores, "contrariando a tendência geral da cobertura, e diferentemente do verificado nas séries histórias da ANDI, é um veículo regional/local que vem puxando o debate sobre racismo no País": o jornal A Tarde (BA), seguido por um meio de comunicação de alcance nacional (O Estado de S.Paulo).
A publicação está disponível no página da ANDI.
Fonte: ANDI - Comunicações e Direitos (Site da Seppir/PR)
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